26 novembro 2007

Nem perfume escapa no cemitério

Depois de terem roubado nos últimos dias 865 chapas de identificação de campas, os ladrões fizeram-se agora a 15 frascos de perfume (destinado a perfumar os cadáveres) no Cemitério de Lhanguene, periferia da cidade de Maputo.
Sem dúvida que, perante tanta voracidade múltipla, brevemente até o oxigénio que respiramos será alvo de roubo.

3 comentários:

Anónimo disse...

Muito triste esta situação...nem os mortos escapam a essas vandalidades. Para quem já esteve lá, acredito que já tenha reparado nos jazigos e urnas profanados. Parece me que os "fantasmas de lhanguene" se cansaram de intervir na guarnição do seu espaço. Sei que algumas pessoas das redondezas aproveitam os metais para fazerem utensílios para a venda. Julgo serem estas mesma pessoas que acabaram com as tampas metálicas nas ruas e estradas da cidade. Saudades daqueles tempos em que acreditava-se que só de olhar para o portão do cemitério corria-se o risco de se ser namoriscado por um fantasma do cemitério...bons tempos em que os mortos tinham um discanso em paz.

Anónimo disse...

É a sociedade em que eu vivo...
Triste...

nelsonleve

Anónimo disse...

Triste..mas é a sobrevivência a todo o custo.
Roubam as almas dos mortos para salvarem as deles. Será sacrilégio? Ou uma saída engenhosa e beligerante do labirínto das necessidades?

AC