22 maio 2008

A "hora do fecho" do "Savana"

Na última página do semanário "Savana" existe sempre uma coluna de saudável ironia que se chama "Na hora do fecho". Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. Deliciem-se com a "hora do fecho" desta semana:
* A banca em Moçambique não pára de agitar-se. Lembram-se daquele banco que era comprado e já não era comprado e que provocou sérios ataques de nervos ao seu PCA? Pois bem, um tripé de peso, sempre ligado à “nomemklatura”, está a negociar ficar com 49% deste grande. Os novos tigres da “unidade” também estão a acompanhar a movimentação.
* E para não ficar atrás, o outro tigre, que tem as suas atenções também viradas para Nacala, está a preparar-se que acrescentar uma nova área ao seu “portfolio”. Cimentos, uma matéria em grande escassez ... na África do Sul e em Angola ...
* As políticas e o julgamento mediático continuaram esta semana ofuscado pelo mecânico ginecologista. O “proprietário” da “Auto Nelson”, bata de nome e de farda de trabalho, aumentou uns tantos milhares de metcas às nossas telefonias móveis, tal foi a profusão de sms trocados sobre o caso.
* Quem andou mal foi o Dr. Tsunami. Já se esqueceu dos tempos em que era avançado dos ventoinhas e da máxima que a melhor defesa é o ataque. Perdeu pontos e foi ridicularizado pelos sectores que querem a sua cabeça. Talvez possa pedir assessoria ao dinâmico que dá apoio à Tsunami II ou aos desempregados de um dos ministérios do fim da Julius Nyerere.
* Quem também se está a enterrar cada vez mais é o advogado do Chókwé. O julgamento é para condenar os autores de um atentado contra si. Mas de facto o que está a acontecer é a versão 2 do julgamento Carlos Cardoso e réu virtual é mesmo o filho do galo. Quem mexe na caixa de escorpiões arrisca-se ...
* Fora dos ares da capital andaram bem os nossos compatriotas de Pemba que querem a sua baía entre as mais belas do mundo. Espera-se que o júri não tenha pisado as “minas” plantadas nas areias finas da praia do Wimbe, uma oferta dos habitantes pobres do bairro que faz paredes meias com o luxuoso Pemba Beach.
* A irmã do simpático “anchorman” da espetaculosa Jeremias Langa foi, até agora, a única, no programa Oxigénio, a atingir a fasquia dos três mil meticais, o que está a levantar burburinho em alguns círculos. As más-línguas falam de auxiliares de memórias.
* Do outro lado, em ano eleitoral, continua o namoro aos círculos confessionais. Um devoto apresentador, que provavelmente não sabe que Moçambique é um estado laico, fechou a intervenção com uma benção a Fátima. O que levou um grupo de irritados internautas a interrogarem-se sobre “quem é a Fátima”
À boca pequena
* Os “mambas” têm de recrutar mesmo um “nhamussoro” bem forte. Resta saber se vem de Mabote, ou mais próximo da capital, de Magude ...

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