26 abril 2013

A cova não está em Muxúnguè (9)

Nono número da série, tendo como guia a Paz de Aristófanes, nesta série aqui e aqui, com base neste sumário. Prossigo no primeiro número: 1. Introdução: o jogo dos lugares-comuns. No número anterior escrevi que entre as imagens, entre os clichés, entre os estereótipos correntes, está este tipo de formulação: a Frelimo não conhece a democracia porque é comunista; a Renamo não conhece a democracia porque só pensa na guerra. É certamente possível encontrar múltiplas variações desta formulação. Por outro lado, temos as boas e recorrentes vontades expressas na sugestão permanente de diálogo. A ideia é esta: dialoguemos e tudo acabará bem. O diálogo surge como contendo em si, só por si, as virtudes terapêuticas da desejada cura da mútua intolerância.
(continua)
Adenda às 6:49: distribuição - melhor dito, redistribuição - de recursos de poder, eis um tema frequente nas análises políticas que faço neste diário. Entretanto, leia este trabalho da "Rádio Moçambique" aqui.
Adenda 2 às 12:26: sobre o nosso país e a propósito do que se passou em Muxúnguè, importe um trabalho com o título "Recursos naturais e um desafio à ordem política estabelecida", no Stratfor, Global Intelligence, aqui. Agradeço ao RC o envio da referência.
Adenda 3 às 6:39 de 26/04/2013: novo encontro Governo/Renamo previsto para segunda-feira, mas com um aparente impasse no tocante ao local. Aqui.

1 comentário:

TaCuba disse...

Muitas vezes fala-se em diálogo para nada mudar...